OPEP aplaude reformas no sector petrolífero angolano

O secretário, de nacionalidade nigeriana, foi informado que, desde 2017, altura em que o Presidente da República, João Lourenço, assumiu o poder, iniciaram-se uma série de reformas no sector petrolífero.

Das reformas em cursos, destaque para aprovação de cinco novas leis no segmento do petróleo e gás, desenvolvimento de campos, para atrair novos investimentos, a reestruturação da Sonangol, que deixará de exercer o papel de concessionárias, para focar-se apenas no seu “core business”, e privatização de grande parte das suas participadas.

O responsável da OPEP, que se encontra em visita de trabalho no país desde domingo, manteve na manhã de hoje um encontro com o ministro dos Recursos Minerais e Petróleo, Diamantino Azevedo, tendo na ocasião felicitado o Governo angolano por iniciar oportunamente as reformas, que merecem o apoio do Cartel, responsável por 40 por cento da produção de petróleo no mundo.

Entende que as reformas vão permitir ao país desenvolver a indústria angolana de petróleo e gás, tendo em conta potencial de recursos hidrocarbonetos existentes no subsolo angolano.

Mohammed Barkindo, que representou a Nigéria no Conselho da Comissão Económica da OPEP entre 1993 e 2008, reconheceu o papel importante de Angola em dar resposta à necessidade da procura de petróleo nos próximos tempos.

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África Subsaariana, com 1,5 milhões de barris/dia, atrás da Nigéria com 1,7 milhões de barris/dia.

Lembrou que entre 2014 e 2016 se registou uma queda no preço do barril de petróleo, na ordem de 80 por cento, considerada a maior crise na indústria petrolífera mundial, e, para dar resposta a este problema, os 25 países produtores estão a trabalhar na estabilidade mundial do sector.

Em relação ao preço do barril de petróleo, afirmou que, além de estar ligado à oferta e a procura afirmou existirem outros factores, razão pela qual a OPEP vai continuar a trabalhar para a estabilidade e sustentabilidade do mercado.

Angola foi admitida a 14 de Dezembro de 2006 como membro de pleno direito da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, durante a 143ª conferência extraordinária do cartel, que decorreu em Abuja, Nigéria.

Com uma produção média diária de 32,7 milhões de barris de petróleo/dia, a OPEP é responsável por mais de 40 por cento da produção mundial. Foi criada em Setembro de 1960, em Bagdá, Iraque, com o propósito de coordenar, de maneira centralizada, a política petrolífera dos países membros, de modo a restringir a oferta de petróleo no mercado.

Na sua 175ª Conferência, realizada nos dias 06 e 07 deste mês, em Viena, Áustria, a OPEP e os não-OPEP decidiram realizar um corte de até 1,2 milhão de barris/dia, a partir de 01 de Janeiro de 2019, para encontrar-se o preço de equilíbrio que satisfaça produtores e compradores. Avaliação do impacto desta medida que terá uma execução inicial de seis meses será feita em Abril próximo.

Além de Angola, integram a organiação, a Argélia, Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Iraque, Irão, Líbia, Indonésia, Nigéria, Venezuela, Koweit e o Qatar, que anunciou a sua retirada do cartel a partir de Janeiro de 2019.

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